Paralisação dos Municípios dia 31.
Não
podemos negar a grave situação por que passa os municípios em todo País. Com
recessão e o estado de falência que se encontram nossos municípios. Ao
longo dos anos o Brasil adotou corretas medidas de municipalização das
politicas públicas. O problema é que estas medidas não chegaram acompanhadas
das referidas transferências para os municípios.
Mas
estar longe de ser esta a razão do sucateamento das prefeituras. Com raras
exceções os municípios foram administrados por gestores que fecharam os olhos para
o caminho correto das administrações, foram irresponsáveis quando adotaram a
politica de apadrinhar seus correligionários, em cargos através de concursos
não muito republicanos, com isso transformaram a maquina pública em
cabide de empregos.
Os
recursos que chegam as prefeituras mesmo com aumentos nos repasses, não
são suficientes para cobrir a folha dos funcionários e dos contratados por
promessa de campanha. As gestões ficaram sem margem para aplicar em outros
setores das cidades, para melhorar a saúde, estradas etc. Com isso foram
ficando ano a ano sem condições de governança. Restou adotarem a onda do
momento reclamar da crise por que passa o País. Não quero aqui tirar
razões de um ou outro gestor, mas bem intencionado e é legitimo que o faça, mas
a grande causa da quebradeira das prefeituras é a incapacidade gerencial dos
prefeitos eleitos. As campanhas são caríssimas e a forma adotada pela maioria é
a de gastar muito para ganharem sem considerar que o preço que eles
pagarão, é o empobrecimento de seus munícipes. O fechamento nesta sexta 31, movimento
organizado pela APRECE, pode até ter pontos legítimos e até acho que os tem,
mais é importante que entendamos que muito da crise que os municípios
passam atualmente é, uma continuidade de gestões desastrosas que se
sucederam.
Em
carta aberta o Presidente interino da APRECE Sr. Francisco Evanildo Simão
da Silva explica outros motivos:
A gestão municipal está chegando à inviabilidade, tendo em vista o agravamento dos problemas por inúmeros fatores, a exemplo de promessas assumidas e não cumpridas pelo Executivo Estadual e Federal, tais como projetos aprovados em Brasília cuja falta de liberação/cumprimento ocasionam impactos negativos nas finanças municipais; queda de valor do Fundo de Participação dos Municípios – FPM; Falta de reprogramação dos recursos do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários – MAPP de 2014 para 2015 pelo Governo do Estado; a Seca, dentre outros. http://aprece.org.br/blog/noticia/carta-do-presidente-interino-da-aprece-esclarece-sobre-a-paralisacao/
A Paralisação teve a adesão de 13 municípios que compõem a APRECE, apenas Baturité e Pacoti, não aderiram mas enviaram carta de apoio através de suas assessorias.
Texto: Claudio Ramos